segunda-feira, julho 23, 2007

AO MEU POETA, AQUELE QUE ME DIZ:

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"VOCÊ TEM O MAPA, POR ISSO LHE DIGO,

NÃO PERCA O RUMO DE MIM..."

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... uma doce música esvoaça em meus silêncios e fico assim transfigurada, andando como se tivesse asas. Você faz isso comigo!, E que você é esse, eu o inventei, eu o criei em passeios insanos? Lembrança da primeira paixão dos meus dezessete anos. Urgência de fluir, o tempo se esvai, mas a mesma vibração torna a mover as peças deste jogo antigo . Paixão descontrolada, desatino de querer e quis sentir outra vez, como pra saber que estou viva. E inventei você? Não? Mas parei em seu portão, reconheci aquele caminho e fui bater à tua porta. O que eu diria a você? E eu disse que você era só essência, essência, que importavam as formas? Invento tal plenitude?

E o que a gente não inventou um dia, o que resolveu pra não desistir da vida, uma luta por justificativas, uma estupefação?. Estou perdida nesta onda de brancas espumas olhando por céu. Sou parte dessa força que habita o universo. Estou perdida, presa a este teclado, errando muito, errando em continuar? E tu, que estarás construindo na tua solidão? Estará deixando uma pequena porta destrancada para mim?
Pressenti a tua chegada? Ou a necessidade vira pressentimento e constrói o acaso? Talvez. Mas identifiquei a expressão mais sublime e rara na tua obra poética. Fui arrastada por uma enxurrada de sentimentos que me arremessou direto a teu ancoradouro. ? Mas agarrei-me a este porto como náufrago que quer fugir da morte certa.

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